segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lançamento indevido de óleo e gordura na rede de esgoto pode prejudicar o meio ambiente

A gordura e o óleo de cozinha não se dissolvem na água. Por isso, além de causar graves problemas ambientais se descartados incorretamente, quando lançados no esgotamento sanitário obstruem a rede, causam transtornos para a população, encarecem a manutenção e prejudicam o tratamento do esgoto.
O alerta é feito pelo Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Buritama (SAAEMB). A autarquia estima que 50% das obstruções na rede coletora são causadas por lançamento indevido de gordura e óleo de cozinha. A situação é mais grave nos locais com concentração de lanchonetes e restaurantes.
Segundo o Diretor do SAAEMB André Luiz Severino da Silva, a autarquia deverá estar colocando em prática o Projeto “Papa Óleo”, que será a coleta do óleo de cozinha usado nas residência. ”O problema pode ser evitado com a limpeza periódica da caixa de gordura presente na rede interna dos imóveis. Em alguns casos, essa caixa não existe ou é quebrada e o resíduo é lançado na rede coletora de esgoto. Nos próximos dias, o SAAEMB estará lançando uma campanha de coleta desse descarte, para que ao menos reduza a quantidade de obstruções na rede de esgoto. A gordura e o óleo de cozinha deverão ser recolhidos em recipientes, como garrafas PET, e levadas a algum de nossos pontos de coleta que serão definidos e divulgados para a população”, comentou o Diretor do SAAEMB André Luiz Severino da Silva. O material também pode ser reciclado na fabricação de sabão e detergente ou de biocombustíveis.
De acordo com André, o custo de manutenção do sistema de esgotamento sanitário pode encarecer em até 20% com a presença de óleos e gorduras. "Esse resíduo age como um aglomerante, uma cola que une as partículas presentes no esgoto, transformando a sujeira em verdadeiros blocos. O sistema de elevatórias (bombeamento) também é danificado”, alerta.
Em média, o SAAEMB trata 2,5 milhões de litros de esgoto por dia no município de Buritama. Todo volume gerado é limpo e devolvido para o meio ambiente. A eficiência dos tratamentos utilizados pelo SAAEMB fica entre 70% e 85%, índice considerado bom por especialistas do setor.

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